15 livros de quebrada pra você refletir sobre sua caminhada e seu território

26/05/2025

Escrito por:

Comunicação de Quebrada

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Veja algumas indicações óbvias (e outras nem tanto assim) de livros que todo sujeito periférico precisa ler um dia pra não ficar de chapéu 

“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor". 

Patrono da educação, o professor, pedagogo e filósofo Paulo Freire (1921-1997) é referência na prática da pedagogia popular no Brasil. 

Freire já cantava a letra e o resumo é o seguinte: vamos estudar que o bagulho é louco e não podemos ficar moscando!

“Vida loka é quem estuda"

Outro soldado das palavras, Sérgio Vaz também traz em suas poesias a importância dos estudos. A ideia é clara: se você quiser ser o pá mesmo da sua quebrada só o caminho da educação pode te salvar.

Por isso, o Comunicação de Quebrada defende a importância dos estudos e o ingresso no ensino superior para os nossos, entendendo que não somente o ensino fundamental e médio, mas também a academia (no sentido de estudos e não de musculação) é um processo essencial na formação humana.

E se você, assim como nós, também entende a importância da ‘literatura marginal’ na formação das sujeitas e sujeitos periféricos, citando aqui já um dos livros essenciais em nossas vivências periféricas, dá um liga na lista a seguir com os 10 livros de quebrada (alguns nem tão óbvios assim) para você refletir sobre sua caminhada e território. 

Capão Pecado

Um dos principais autores periféricos, Ferréz faz em ‘Capão Pecado’ (2000) um trabalho bem próximo ao de Racionais ao cantar periferia: mostras nossas realidades a partir do olhar de sujeito que vive.

O bordão ‘Nossa história é nóiz quem cria’ adotado pelo CDQ não é à toa. Sendo histórias boas ou ruins, elas estão ali. Não foi outro alguém que nos contou. 

E essa é uma das histórias vividas por Rael no livro de Ferréz. Um adolescente favelado que cresceu em um dos distritos mais perigosos do mundo à época e que pode ter o destino mudado através de uma paixão.

A formação das sujeitas e sujeitos periféricos

Saindo da ficção romântica (mas nem tão ficcional assim) e partindo para a periferia teorizada, temos ‘A formação de sujeitas e sujeitos periféricos’. Neste estudo temos  Tiaraju Pablo D'Andrea, professor da Unifesp, Coordenador do Centro de Estudos Periféricos (CEP),  pós-doutor em filosofia, doutor em Sociologia da Cultura e Mestre em Sociologia Urbana pela Universidade de São Paulo (ufa) apresentando como as quebradas se organizam politicamente através da arte e cultura, fazendo um panorama dos avanços desde a década de 90 até os dias atuais.

Dá um liga em mais 13 dicas:

  1. Reservado - Alexandre Ribeiro
  2. 40 ideias de periferia - Tiaraju Pablo D'Andrea
  3. Estação Carandiru - Drauzio Varella
  4. Kauira dorme (HQ) - Diego Torres e Lucas Andrade
  5. Reflexões periféricas: Propostas em movimento para reinvenção das quebradas - Tiaraju Pablo D'Andrea
  6. Masculinidade quebrada: memórias de um processo com meninos periféricos - Elânia Francisca, Belchior Divina Emidio e Rafael Cristiano
  7. Da quebrada pro mundo - Alexandre Ribeiro
  8. Raul (HQ) - Alexandre de Maio
  9. Quarto de despejo: diário de uma favelada - Carolina Maria de Jesus
  10. Periferia cyberpunk (HQ) - Raphael Fernandes
  11. Sobrevivendo no inferno - Racionais MC’s
  12. Colecionador de pedras - Sérgio Vaz
  13. Menozada: Aula-vaga - Saudade

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